Na introdução, Belisa resume a importância política daquele momento: "A cobertura das explosões no Riocentro deixou exposto, nu, o limite específico e aparentemente tão simples da imprensa: informar. Explodiu a bomba, os “borboletas” voaram em cima, bics azuis correndo nos caderninhos, cumpriram o dever social: no dia seguinte em cada banca, a sociedade pôde exercer seu direito à informação."
"A vida e a morte literais foram só o começo. A morte do sargento, a vida em perigo do capitão, a ameaça sobre as vidas daquelas 20 mil pessoas no Riocentro colocaram em jogo não só o papel da imprensa. Mas muito mais, porque contara e conhecer a verdade 0 não importa que verdade – era, naquele momento, o limite entre a vida e a morte não só da liberdade de informação, mas de outras tantas duras conquistas. Era um peso, certamente, e pesou – em um grau que talvez nunca possamos exatamente medir – na definição do limite entre a vida e a morte do futuro de cada brasileiro como cidadão."
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